Com certeza você já ouviu falar sobre Design Thinking e o quanto é uma ferramenta prática e útil no cotidiano de profissionais de diversas áreas.
Originalmente surgiu como uma forma de ensinar engenheiros a abordar problemas criativamente, como os designers fazem. Assim, criou-se esse instrumento prático que inclui etapas de ideação e prototipação de aplicativos.
Uma das primeiras pessoas a escrever sobre o assunto foi John E. Arnold, professor de engenharia mecânica na Universidade de Stanford.
Em 1959, ele escreveu o livro “Creative Engineering (Engenharia Criativa, em tradução livre)”, o texto que estabeleceu as quatro áreas do Design Thinking. A partir daí, o pensamento do design começou a evoluir como uma “maneira de pensar” nos campos da ciência e engenharia de design.
Essa abordagem também pode ser vista no livro de Herbert A. Simon “As Ciências do Artificial” e em “Experiences in Visual Thinking (Experiências em Pensamento Visual, em tradução livre)”, de Robert McKim.
Nos anos 1980, o design centrado no ser humano teve uma ascensão, o que popularizou o Design Thinking e alavancou sua influência no mundo dos negócios do início do século XXI.
Em 2005, a Stanford School of Design, também conhecida como “d.school”, começou a ensinar o Design Thinking como uma abordagem para a inovação técnica e social.
Neste artigo, explicaremos seus conceitos, etapas, benefícios, aplicações e prototipação de app. Continue a leitura e aproveite!
O Design Thinking é tanto uma ideologia quanto um método que busca resolver problemas complexos de forma centrada no usuário. Foca-se em alcançar resultados práticos e soluções que são:
O conceito por trás do Design Thinking afirma que, para chegar a soluções inovadoras, é preciso adotar a mentalidade de um designer e abordar o problema da perspectiva do usuário.
Ao mesmo tempo, seu objetivo é transformar suas ideias em produtos ou processos tangíveis e testáveis o mais rápido possível.
O processo de Design Thinking descreve uma série de passos que trazem essa ideologia à vida — começando por criar empatia pelo usuário, até criar ideias e transformá-las em protótipos.
Neste ponto, você provavelmente está pensando que isso soa parecido com o UX (“User Expericence”, Experiência do Usuário). Então, o que torna o Design Thinking tão especial?
Agora sabemos mais sobre a essência do Design Thinking, vamos considerar a sua importância.
Há muitas vantagens em aplicar essa abordagem, seja em um contexto empresarial, educacional, pessoal ou social.
Integrar o Design Thinking ao seu processo de negócios pode agregar enorme valor, garantindo que os produtos sejam desejáveis para os clientes, além de viáveis em relação a orçamento e recursos da empresa. Conheça os principais benefícios do método:
Como seres humanos, contamos com os conhecimentos e experiências que acumulamos para informar nossas ações.
Formamos padrões e hábitos que, embora úteis em determinadas situações, podem limitar nossa visão das coisas quando se trata de resolução de problemas. Ao contrário de repetir os mesmos métodos testados e utilizados, o Design Thinking nos encoraja a considerar soluções alternativas.
Todo o processo se presta a suposições desafiadoras e crenças estabelecidas, encorajando a pensar fora da caixa, explorando novos caminhos e ideias. Isso fomenta uma cultura de criatividade e inovação.
Os processos voltados à inovação permitem que você tenha esses avanços completamente inesperados criando vários protótipos rápidos. Além disso, incentiva o feedback dos usuários e clientes reais antes que você gaste muito tempo, esforço ou dinheiro em qualquer ideia.
Com sua ênfase na resolução de problemas e na descoberta de soluções viáveis, o Design Thinking pode reduzir significativamente o tempo de comercialização (termo vindo do inglês time to market), reorganização e desenvolvimento.
Obter produtos de sucesso para o mercado mais rápido, economiza os recursos do negócio.
O Design Thinking tem sido provado que produz um ROI (“Return On Investiment”, Retorno Sobre o Investimento). Conforme um estudo recente da McKinsey, foram identificados benefícios financeiros significativos de 32% mais receita e 56% maiores retornos totais.
Este extenso estudo mostra que pode haver um resultado financeiro, mensurável significativo e ROI que resulte de uma abordagem consistente de Design Thinking para os negócios.
A própria base do Design Thinking é a empatia. Às vezes referida como "descoberta", exige que busquemos entender e identificar com as necessidades, desafios e experiências dos usuários/clientes.
Com isso, as empresas e organizações passam a considerar as pessoas reais que usam seus produtos e serviços — o que significa serem muito mais propensos a criarem experiências significativas.
Para o usuário, isso significa produtos melhores e mais úteis que realmente melhoram nossas vidas. Para as empresas, resulta em clientes felizes e um resultado mais saudável. Por isso, o Design Thinking aumenta o engajamento e a retenção a longo prazo.
O objetivo é desenvolver produtos e soluções úteis que resolvam as frustrações e tornam as vidas e experiências melhores e mais gratificantes.
O Design Thinking também é direcionado para criar valor e resolver problemas. Mas, em vez de fazer qualquer um desses da maneira tradicional, busca usar princípios de design para resolver problemas em diversas áreas.
Como não é apenas para designers, aproveita o pensamento do grupo e incentiva a colaboração entre equipes.
Ao construir equipes multidisciplinares e trazer muitas vozes para a mesa, saímos de nossos respectivos campos e “caixas” para compartilhar nossos conhecimentos, experiências e expertises.
O Design Thinking é frequentemente citado como o meio-termo saudável da resolução de problemas — não é totalmente mergulhado em emoção e intuição, nem depende apenas de análises, ciência e lógica, mas mistura ambos.
Se você está estabelecendo uma cultura de Design Thinking em sua empresa, este método ajuda a inovar, focar no usuário e, finalmente, projetar produtos que resolvam problemas reais.
O Design Thinking é, essencialmente, sobre projetar ferramentas e processos com o usuário final em mente.
Quando projetamos programas ou plataformas diretamente para pessoas, podemos aumentar o engajamento, a satisfação e a fidelização.
A estrutura de implementação do Design Thinking pode ser dividida em três fases distintas:
A fase de ideação marca a transição da identificação de problemas para a exploração de soluções. Ela flui entre geração de ideias e avaliação, mas é importante que cada processo permaneça separado um do outro.
Na hora de gerar ideias, faça isso rapidamente sem focar na qualidade ou viabilidade da ideia. Após a coleta de sugestões, passe para a fase de avaliação. É aqui que você pode começar a discutir sobre todas as propostas.
A fase de ideação é geralmente uma fase muito criativa e libertadora para uma equipe, porque eles têm permissão para pensar fora da caixa antes de decidir como será o protótipo.
O objetivo é começar com uma versão de baixa fidelidade da solução pretendida e melhorá-la ao longo do tempo com base no feedback. Começar com um protótipo de papel pode ajudá-lo a aprender rapidamente com o mínimo esforço.
O protótipo deve ser uma representação realista da solução que permite que você entenda o que funciona ou não. Ele é alterado e atualizado com base nos resultados da fase de teste em um ciclo iterativo.
A natureza leve e de baixo custo da prototipagem também permite que você desenvolva múltiplas soluções para testar em conjunto visando identificar a melhor solução.
Este passo do processo Design Thinking é dedicado ao desenvolvimento: colocar seus protótipos na frente de usuários reais e ver como eles se saem.
Durante esta fase, você observará os “testadores” à medida que eles interagem com seu protótipo. Assim, você reunirá feedbacks sobre como eles se sentiram durante todo o processo.
A fase de teste e desenvolvimento destaca rapidamente quaisquer falhas de design que precisam ser abordadas. Com base no que você aprende, poderá desenvolver a solução ou produto com mais confiança.
Lembre-se: o processo de Design Thinking é iterativo e não linear. Os resultados da fase de testes muitas vezes exigirão que você revisite o estágio de empatia ou passe por mais algumas sessões de ideação antes de criar esse protótipo vencedor.
O Mindmapping (Mapa Mental) é uma técnica gráfica com a qual os participantes constroem uma teia de relacionamentos.
Para começar com a forma mais simples, os participantes pegam uma folha e descrevem o problema ou determinam uma frase-chave.
Então, eles escrevem soluções e ideias que vêm à mente. Depois disso, conectam suas soluções e ideias por curvas ou linhas, em uma representação gráfica para facilitar a compreensão de todos.
Durante uma sessão de Brainstorm, você aproveita a sinergia do grupo para alcançar novas abstrações, baseando-se nas ideias dos outros.
Assim, as concepções são misturadas para criar uma boa conceituação ou algum direcionamento diferente para o projeto.
Os participantes devem discutir suas ideias livremente sem medo de críticas. Para isso, você deve criar um ambiente onde todos se sintam à vontade, o que permitirá alcançar mais longe do que você poderia, apenas pensando logicamente sobre um problema.
Esta é uma das abordagens que mais reduzem o risco para o crescimento e a inovação, pois incorpora técnicas que permitem engajar um cliente/usuário enquanto estão no processo de gerar e desenvolver novas ideias de negócios de interesse mútuo.
As mudanças são sempre sobre o aprendizado e os clientes têm muito a ensinar. Quanto mais cedo eles tiverem algum protótipo de solução ou produto para testar, mais rápido chegaremos a uma solução diferenciada de valor agregado.
No coração do Design Thinking está a intenção de melhorar os produtos analisando e entendendo como os usuários interagem com os produtos e investigando as condições em que operam.
A implementação deste conceito possibilita novas estratégias para a redução de custos, o aumento da produtividade e a otimização de tempo nas equipes corporativas.
Saiba a seguir como iniciar o Design Thinking em sua empresa:
O princípio orientador do Design Thinking é a empatia, já que por meio dela é possível entender o cliente e suas expectativas e antecipar os problemas que ele possa encontrar.
O objetivo é fazer com que as motivações do cliente/usuário sejam parte integrante da exploração da questão central do método.
Afinal de contas, a empatia permite que os membros da equipe entendam a subjetividade das pessoas e, por extensão, a experiência do usuário, colocando a equipe em uma posição melhor para determinar os parâmetros de design do projeto.
O Design Thinking testa protótipos o mais rápido possível para enfocar os parâmetros que permitirão o sucesso do projeto.
Com testes rápidos, o objetivo é evitar resultados negativos, comprometendo recursos mínimos e permitindo que a equipe descubra detalhes que podem ter escapado aos designers na produção.
O objetivo é aprender com as falhas e perder o mínimo de tempo e investimento. Dessa forma, o foco final não está no fracasso, mas em aprender com as frustrações.
Não tente convencer os colaboradores dos méritos do Design Thinking logo de cara. Ao invés disso, introduza os princípios gradualmente.
Faça disso um valor comercial e incentive todos a colaborar: lance algumas iniciativas piloto, faça as pessoas falarem. O Design Thinking recomenda fortemente a integração das equipes existentes para que o conjunto de habilidades de cada um seja usado para projetar o melhor produto.
Pouco a pouco, toda a empresa fará a transição em direção aos princípios dessa abordagem. Você criará coesão na equipe e desfrutará de uma série de vantagens na forma como seus projetos são conduzidos.
Demonstre seus colaboradores que o Design Thinking não é uma moda passageira, mas sim um método que fala aos interesses que afetam cada um deles, como aspectos econômicos, gerenciais e assim por diante.
Você pode organizar eventos nos quais fará apresentações sobre metodologia e abordará certos assuntos.
Como tudo o que é novo, o Design Thinking também deve ser adotado por seus superiores para criar um ambiente inovador. Por isso, é importante que todos reconheçam sua legitimidade.
O Design Thinking não é apenas uma nova abordagem de gestão, mas também uma mudança genuína no pensamento que fortalece as equipes, satisfaz os clientes e responde com eficácia na economia competitiva de hoje.
Esse método é uma revolução que permite que seu negócio prospere em meio a uma constante enxurrada de lançamentos de produtos e tecnologia em constante evolução.
Coisas fora do seu negócio mudaram as expectativas dos clientes e sua próxima versão não será julgada pelo quanto melhora sua oferta, mas como ela se compara com o produto e os serviços do seu cliente.
O que acha de descobrir mais dicas valiosas do mundo dos aplicativos no-code? Siga a Round Pegs nas redes sociais: Instagram, YouTube e Twitter.